quarta-feira, 10 de junho de 2020

Quem é o autor do Pentateuco?


 

Posição da alta crítica

Os teólogos liberais costumam contestar a afirmação de Moisés ter escrito o Pentateuco e argumentam que estes livros são compilação de documentos escritos em diversas épocas posteriores. Esta posição radical, que nega a autoria mosaica do Livro da Lei, não é tão amplamente defendida hoje como foi outrora. “Embora muitos estudiosos liberais ainda questionem a autoria mosaica do Pentateuco, achados arqueológicos dão a estudiosos de todas as formações teológicas um respeito maior pela historicidade dos acontecimentos que descreve”. A luz da pesquisa atual, não há razão sólida para abandonar a visão tradicional de Moisés ter escrito Êxodo durante a peregrinação no deserto.


O pentateuco atribui a sua autoria a Moisés:

Ex 17: 14 Depois o Senhor disse a Moisés: “Escreva isto num rolo, como memorial, e declare a Josué que farei que os amalequitas sejam esquecidos para sempre debaixo do céu”.

Ex 24: 3 Quando Moisés se dirigiu ao povo e transmitiu-lhes todas as palavras e ordenanças do Senhor, eles responderam em uníssono: “Faremos tudo o que o Senhor ordenou”. 4 Moisés, então, escreveu tudo o que o Senhor dissera.

Dt. 31: 24 Depois que Moisés terminou de escrever num livro as palavras desta lei do início ao fim, [...].

 O próprio Jesus atribui a autoria do pentateuco à Moisés:

Jo 7:27 “Ora, se um menino pode ser circuncidado no sábado para que a Lei de Moisés não seja quebrada, por que vocês ficam cheios de ira contra mim por ter curado completamente um homem no sábado?”

Outros Livros do Antigo Testamento citam-no como obra dele (Josué 1.7-8; 23.6; 1Reis 2.3; 2 Reis 14:6; Esdras 3.2; 6.18; Neemias 8.1; Daniel 9.11-13). 

Os autores do Novo Testamento também afirmam a autoria Mosaica, eles falam dos cinco Livros em geral como “a Lei de Moisés” (Atos 13.39; 15.5; Hebreus 10.28)

      Então quem está com a verdade?

         Quando analisamos o argumento da alta crítica, percebemos que é uma tentativa de contrapor um fato histórico bem fundamentado, usando como fundamento uma teoria, ou seja, é necessário "criar" uma nova versão da narrativa para que substitua a versão existente. As implicações que esta visão tem de enfrentar são:

1- Embasar a critica em um fato histórico Bíblico;

2 - Suportar o ônus da prova, pois, neste caso, negar um fato histórico bem estabelecido (como a narrativa Bíblica), se torna uma afirmação;

 

3 - Sustentar uma teoria extrabíblica criada a partir de suposições não históricas.

 

       A conclusão que podemos ter é que Moisés foi inspirado e incentivado por Deus para escrever o pentateuco conforme os textos Bíblicos. É difícil conceber uma nova narrativa para chegar a conclusão de que não foi Moisés. 

Moisés, mais do que qualquer outro homem, tinha preparo e experiência para escrever o Pentateuco. Considerando-se que foi criado no palácio dos faraós, “foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras. Ele tinha acesso às genealogias bem como às tradições orais e escritas de seu povo, e durante os longos anos da peregrinação de Israel, teve o tempo necessário para meditar e escrever.

 

         

Fontes: Comentário Bíblico Beacon

Bilbia de Estudo de Genebra

 


segunda-feira, 8 de junho de 2020

O que é o dom de línguas e para que serve?


Paulo diz que o dom de Línguas é um Sinal para infiéis v. 14: 22 e, no entanto, possui alguns benefícios para quem exerce o falar em línguas. O Apostolo diz que, se por acaso os crentes se reunirem num mesmo lugar e todos falarem em línguas, ao entrar um descrente e ver aquilo, dirá que estão loucos. Isso pode significar que o fenômeno causará estranhamento ao incrédulo, e, portanto, o descrente não será convencido de prontidão, porque não perceberá que se trata de um Dom dado por Deus, mas Paulo diz que lhe será um sinal.  A respeito da língua ser um sinal para os infiéis, Paulo relata que se trata de uma profecia de Isaias onde ele diz que: “Pois bem, com lábios trôpegos e língua estranha Deus falará a este povo, ao qual dissera: “Este é o lugar de descansar o exausto. Este é o lugar de repouso!” Mas eles não quiseram ouvir” v. Is 28 11-12 No contexto de Isaías, os Hebreus foram julgados por Deus, por meio dos Assírios sendo exilados em 722 a.C. Os Assírios eram um povo que falava um idioma estrangeiro totalmente incompreensível aos hebreus. Alguns comentaristas dizem que, quando Paulo fala que o Dom de línguas é sinal para os incrédulos, se trata de um sinal de Juízo para os Infiéis por permanecerem na Incredulidade.
Por outro lado, em Atos 2, o sinal das línguas foi compreendido pelos estrangeiros que estavam no local, e muitos deles se converteram ao Senhor, pois foram convencidos pelo milagre das línguas e pela pregação de Pedro. Além disso, existem testemunhas hoje em dia, que testificam que falaram em línguas em certos locais onde por acaso havia algum estrangeiro que entendeu em sua língua materna e foram convertidos https://youtu.be/-HlmYk2e33o. Portanto, podemos afirmar que o dom de línguas possui um propósito transcultural de pregação e conversão e por conseguinte, podemos afirmar sua atualidade neste quesito.
O dom de língua serve para a edificação da igreja, pois Paulo diz que este dom, deve ser seguido pelo dom de interpretação de línguas para que a Igreja seja edificada. Paulo também diz que quem ora em línguas ora bem e é edificado. O Apóstolo deu Graças a Deus porque falava mais em línguas do que toda a Igreja de Corinto, porém sua mente fica infrutífera por não entender o que se fala a Deus e portanto, não deve ser usado na igreja sem interprete.


Resumo:

Para que serve o dom de línguas:
·         Sinal de juízo para os incrédulos;
·         Pregação profética transcultural;
·         Edificação da Igreja (seguido de interpretação);
·         Edificação pessoal (Mente infrutífera).

Fontes: 

A Hermenêutica do Espírito - Kraig S. Keener;


Quem é o autor do Pentateuco?

  Posição da alta crítica Os teólogos liberais costumam contestar a afirmação de Moisés ter escrito o Pentateuco e argumentam que estes livr...